Pablo de Carvalho

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Recife, Pernambuco, Brazil
Escritor (romancista), compositor, cronista e delegado de polícia. Vencedor do prêmio Alagoas em cena 2006, com o romance Iulana, publicado, no mesmo ano, pela Universidade Federal de Alagoas. Vencedor regional e nacional do programa Bolsa Funarte de Criação Literária 2011, da Fundação Nacional de Artes, do Ministério da Cultura, com o romance policial Catracas Púrpuras, lançado no Rio de Janeiro, em novembro de 2012. Escreveu, também, a novela O Eunuco (Edições Catavento, 2001), e o romance O Canteiro de Quimeras (Writers, 2000). Compôs, em parceria com Chico Elpídio, o disco Contemporâneos.

domingo, 14 de outubro de 2012

Crônica inútil


Às vezes penso em deixar de escrever crônicas. E não é pelo fato de as pessoas quase todas não darem a mínima às coisas do coração. Nada disso. O sentimental sempre foi e será sempre um operário da solidão. Penso em deixar de escrevê-las porque não encontro mais espaço na cidade em que haja uma razão a compor o lirismo de uma crônica brasileira, nordestina, pernambucana, recifense diante dos olhos de um alagoano que, feito um caçador de borboletas zarolho, busca asas que não há, onde asas nunca estiveram. É simples assim: a vida vai virando algo que se inflama e expulsa o cronista como se ele fosse um espinho em seu dedão. Nem argumento há que justifique esta crônica andar mais que este parágrafo. Esta crônica, talvez a última.

Um comentário:

  1. Não imaginava isso de um poeta tão empolgado quando divulgava à todos seu blog. Acredito ser apenas um estado de espírito atual. Tomara que mude logo.
    Abraços!

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