O cara está em casa, sossegado, lendo.
A mulher entra, bruscamente, como polícia em boca de fumo. Dá um suspiro, joga a bolsa na mesa de qualquer jeito, apoia a mão na cadeira e olha pro chão.
Cometo o erro de perguntar:
- Tá de TPM?
Ela arregala os olhos e diz:
- Pronto, já começou! A pessoa chega em casa, cansada de um dia de trabalho, e ainda tem que ouvir uma dessas!
Cometo o segundo erro inaceitável, falando alto pra mim mesmo:
- Ela está de TPM...
Ela para em frente a mim, braços cruzados, pé esquerdo martelando:
- Você já vem me pintar do que não existe! Com essa sua coisa de escritor, inventa uma personagem! Não será o SEU estresse por conta da polícia? Eu NÃO estou de TPM! Que saco!
Toma banho, janta calada e vai dormir.
No dia seguinte, a mesma coisa. No terceiro dia, também.
No quarto dia, ela chega: suave, maneirinha, um colibri de rara ternura.
Brincando com o perigo, pergunto:
- A TPM passou?
- Passou...
- E por quê, quando eu perguntei, você não admitiu que estava de TPM?!
- Porque, quando você perguntou, eu estava...
kkkk
ResponderExcluirMeu amigo, mês que vem guarde as facas da casa antes de perguntar... kkkkkk
Frank Melo
Quer morrer?
ResponderExcluirFábio Moura.
Essa foi massa mesmo!!!
ResponderExcluirEstou até vendo a cena.
E o pior é que a minha percepção disso em casa é muito falha.
Será que é culpa da TPM as minhas desavenças sem motivo aparente que ocorrem de vez em quando?
Vou prestar mais atenção a partir de agora.
Quando ela colocar um "Carefree" na lista da feira, sai da frente!
Olá, caro amigo! Estou cada vez mais impressionado com sua capacidade literária. Parabéns! Agora um conselho de um velho experiente: Cuidado! Mulher com TPM é mais perigosa do que homem que participa de grupo de extermínio. Abraço forte.
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